

SALA DOURADA. Cadeira de trono século XIX. Colar/coroa Hilde Foks, Galeria Reverso. Casaco com botões de vidro e calças, Nuno Abelho. Botas, Nuno Gama.


A ilustre casa de Bragança nasce do casamento da filha única de D. Nuno Álvares Pereira, D. Beatriz Pereira de Alvim, com D. Afonso, o filho mais velho do rei D. João I, não com a rainha Filipa de Lencastre, mas com D. Inês Pires Esteves.
O segundo duque de Bragança, D. Fernando I, recebe de seu avô D. Nuno, o condado de Arraiolos e, entre outras propriedades, o castelo medieval de Vila Viçosa, mandado construir por D. Dinis no século XIII. O castelo foi a residência oficial da familia, até 1501, data em que o quarto duque de Bragança, D. Jaime I, mandou construir de raiz o, hoje denominado, antigo Paço Ducal, à semelhança das grandes casas nobres da época.
É o seu filho, D. Teodósio I, quem inicia a construção do edifício com a imponente fachada em mármore, matéria-prima abundante da terra, num estilo arquitetónico, inspirado nas grandes tendências europeias da época.
O Paço Ducal de Vila Viçosa transforma-se num local de referência nacional e internacional e é encarado como uma corte alternativa, o que aconteceu até 1640, altura em que D. João II, oitavo duque de Bragança, se tornou o rei D. João IV de Portugal. A família vai viver para o Paço da Ribeira, em Lisboa, e com ela leva todo o recheio da casa de Bragança. Existe um documento que comprova que foram necessárias 300 carruagens para a mudança. E embora o paço, continue a ser a casa-mãe dos Bragança, ficará vaziu e até ao século XIX, não terá objetos próprios. Sempre que algum membro da família passava uma temporada no paço, tinha que se levar tudo o que era necessário para garantir o conforto das pessoas reais. Só com o rei D. Carlos a assumir a administração da casa ducal, volta a haver novamente decoração fixa.
Representação dos primeiros duques e duquesa de Bragança. D. Afonso I e D. Beatriz Alvim, encomendado por D. João V a Giovanni Domenico Duprà. Esta pintura, encontra-se na Sala dos Tudescos no Paço Ducal de Vila Viçosa, como elemento de decoração do teto artesoado entre os 18 retratos dos primeiros duques de Bragança. Este conjunto é considerado único no Mundo.

SALA DOS DUQUES OU DOS TUDESCOS. A guarda pessoal dos menbros da alta nobresa e de alguns reis nos séculos XVI e XVII era feita por mercenários alemães, os tudescos. Fato, Miguel Vieira. Colar Ela Bauer e pregadeiras Heejoo Kim, Galeria Reverso.

SALA DOS DUQUES OU DOS TUDESCOS. Coroa, Palmas Douradas. Camisa e calças, Miguel Vieira.

POUSADA CONVENTO DE VILA VIÇOSA. Painel de Nossa Senhora da Conceição, século XVI.
Colar Floor Mommersteeg, Galeria Reverso. Flor, Miguel Vieira. Blazer, David Catalán.

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. Cavalo Lusitano Jota, criação Pedro Azeitona. Fato, Miguel Vieira. Pregadeira feita à mão em folha de palma do Algarve, Palmas Douradas.

CASTELO DE VILA VIÇOSA, século XIII. Cavalo Lusitano Herze, criação Pedro Azeitona. Écharpe segundo a tapeçaria de Portalegre “Progressão da Cor VII” por Eduardo Nery, PJV-MTP. Crucifixo, Nuno Gama. Brincos/ pins, Inês Nunes. Anéis Heejoo Kim, Galeria Reverso. Casaco e calças, Tommy Hilfiger. Sandálias, Birkenstock.



JARDIM DO PAÇO DUCAL. Chapéu, Chapelarias Azevedo Rua. Lenço “Centauro e a Lua” de Almada Negreiros, PJV-MTP. Camisa e calças, David Catalán. Sandálias, Birkenstock.

JARDIM DO PAÇO DUCAL. Chapéu, Chapelarias Azevedo Rua. Lenço “Centauro e a Lua” de Almada Negreiros, PJV-MTP. Camisa e calças, David Catalán. Sandálias, Birkenstock.
O Cavalo Puro Sangue Lusitano é o cavalo de sela mais antigo do Mundo. Nobre, generoso e de uma enorme beleza, tem na sua ascendência uma história com milhares de anos, sendo descendente direto do cavalo ibérico, (30 mil anos A.C.). Esta raça portuguesa esteve sempre presente na génese de Portugal e inerentemente da casa de Bragança. Pode-se ler nas Memórias de Vila Viçosa do Padre Joaquim Espanca, no final do século XIX, que em 1728, a Junta da casa de Bragança em Lisboa deu autorização para novas empreitadas no Paço de Vila Viçosa, que incluíram as cocheiras para acomodarem mais de 250 carruagens e cavalariças para mais de dois mil cavalos.



PORTA DOS NÓS. Cavalos Lusitanos; Xerxes, cavaleira Joana Macedo em traje à portuguesa, Jota, Herze, cavaleiro Miguel Varandas em traje à portuguesa, criação Pedro Azeitona. Capote alentejano em surrobeco, Capote’s Emotion. Colares Ela Bauer, Galeria Reverso. Calças, Mango. Sandálias, Birkenstock.

A Porta dos Nós foi construida por D. Jaime I, quarto duque de Bragança, no principio do século XVI. De enorme valor patrimonial, artístico e símbolico, este local evidencia uma clara inspiração da estética manuelina.
A insígnia dos Bragança Depois de Vós, Nós significa que depois dos reis dePortugal (vós), seguem-se os duques de Bragança (nós). Esta assunção reflete
a sua enorme importância enquanto senhores de Portugal, a relevância do seu poder e legado, mas principalmente a sua independência da coroa. Condição que desde o princípio, D. Nuno Alvares Pereira quis sempre preservar de forma a salvaguardar o seu património, para que não se diluísse nos bens da coroa.
Com a ascensão ao trono de D. João II oitavo duque de Bragança, finalmente a família torna-se família real e o rei decide que o título e os bens da Casa de Bragança passem a ser usufruto do filho primogénito. A partir de 1646, o título de duque de Bragança, só poderá ser usado por um príncipe real.

SALA DE JANTAR. Coroa, Nuno Abelho. Colar
Heejoo Kim, Galeria Reverso. Fato, Miguel Vieira. Sandálias, Birkenstock.

SQUADRO RAINHA D. AMÉLIA por Veloso Salgado, 1896. Cartola, Chapelarias Azevedo Rua. Colares, Inês Nunes. Fato, Nuno Gama. Sandálias, Birkenstock.

ESCADARIA NOBRE. Lenço, pregadeira, pulseira, anel de brasão, fato e ténis, Nuno Gama.

JANELA NO BOSQUE DO PAÇO DUCAL. Fato, Miguel Vieira. Pregadeira de hortênsias frescas. Mocassins, BIRKENSTOCK.

A célebre e histórica Janela de Lisboa no Paço de D. Jaime I fica virada para a antiga entrada de Vila Viçosa, utilizada durante séculos entre quem vinha
e ia para a capital. Diz a tradição que foi dali que Dona Luísa de Gusmão se despediu do marido, D. João II, oitavo duque de Bragança quando foi aclamado como D. João IV Rei de Portugal e foi também onde esperou por notícias sobre a revolução.
Em 1648, o calipolense Frei Manuel Calado descreve o seguinte na sua obra O Valeroso Lucideno: “e no fim deste jardim estão três janelas, duas ordinárias e uma rasgada com o seu balcão, por as quais entra a luz a uma casa de prazer, aonde Sua Alteza a Senhora D. Catarina se vinha sentar com as suas damas algumas tardes de verão, para se entreter com ver passar muita gente que ordinariamente entre naquela rua…”

JANELA DE LISBOA. Fato, Miguel Vieira. Pregadeira de hortênsias frescas
REALIZAÇÃO: SUSANA JACOBETTY. FOTOGRAFIA: JOÃO BETTENCOURT BACELAR. MAQUILHAGEM E CABELO: TÂNIA DOCE. ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: NUNO ABELHO. MODELO: LUCAS RIBEIRO (KARACTER MODELS). AGRADECIMENTOS: FUNDAÇÃO DA CASA DE BRAGANÇA, Dra. MARIA DE JESUS MONJE, JOÃO JOSÉ BILRO.

